Mulheres Na Luta - Jenny Jordahl e Marta Breen

Livro: Mulheres Na Luta

150 anos em busca de liberdade, igualdade e sororidade

Autoras: Jenny Jordahl e Marta Breen

Páginas: 128

Editora: Seguinte

Há 150 anos, a vida das mulheres era muito diferente: elas não podiam tomar decisões sobre seu corpo, votar ou ganhar o próprio dinheiro. Quando nasciam, os pais estavam no comando; depois, os maridos. O cenário só começou a mudar quando elas passaram a se organizar e a lutar por liberdade e igualdade.
Neste livro, Marta Breen e Jenny Jordahl destacam batalhas históricas das mulheres — pelo direito à educação, pela participação na política, pelo uso de contraceptivos, por igualdade no mercado de trabalho, entre várias outras —, relacionando-as a diversos movimentos sociais. O resultado é um rico panorama da luta feminista, que mostra o avanço que já foi feito — e tudo o que ainda precisamos conquistar.

O primeiro lançamento da editora Seguinte chega as livrarias no dia 21 de fevereiro e ele não podia ser mais especial. O livro Mulheres na Luta vem trazendo um resumo da luta feminina ao longo dos anos através de um quadrinhos luxuosos, com direito a capa dura e muitas cores. Então vamos conhecer um pouquinho desse HQ.

Só precisamos ousar erguer a nossa voz. 

Foi exatamente o que as mulheres retratadas nesses quadrinhos fizeram ao longo da história e de alguma forma contribuíram para chegarmos onde chegamos. Uma graphic novel cheia de representatividade onde a norueguesa Marta Breen em sintonia com a ilustradora Jenny Jordahl nos descreve de forma rápida e focada, os feitos de mulheres ícones na historia do feminismo mundial.

O objetivo do feminismo é que o gênero de uma pessoa não restrinja sua liberdade.

Em apenas 128 páginas somos apresentadas as barreiras enfrentadas por quem buscava igualdade de gênero e fatos históricos que não aprendemos na escola nos é apresentados. Nele vemos a efervescência militante questionando a passividade imposta as mulheres e colocavam em pauta temas que caracterizaram as três ondas do movimento.

A história do feminismo pode ser dividida em três "ondas": A primeira teria ocorrido no século XIX e inicio do século XX, a segunda na década de 1960 e 1970 e a terceira na década de 1990 até a atualidade.

Não que antes disso não tivéssemos mulheres lutando por uma vida mais digna, mas que só nesse período os movimentos começaram a alterar as perspectivas predominantes em diversas áreas da sociedade ocidental e lutas pelo voto, direito a autonomia, a integridade de seu corpo, direitos trabalhistas entre tantos outras foram conquistados.

Um livro para todas as idades, de fácil entendimento e com muito conteúdo histórico. Nomes como Sojourner Truth, uma abolicionista que não só lutou pelo direito feminino como foi além e lutou pelo direito da mulher negra, uma vez que até então toda a luta era representada pela burguesia branca...

Se homens negros conquistarem seus direitos sem que as mulheres negras conquiste os delas os homens negros se tornarão senhores das mulheres e tudo continuará tão ruim como antes. 

... E Margaret Sanger, uma enfermeira americana que trouxe a tona assuntos considerados tabu e ajudou milhares de mulheres ensinando métodos contraceptivos, uma coisa que hoje conseguimos de graça em qualquer posto de saúde, são alguns dos nomes que aparece nessa graphic novel.

Nenhuma mulher pode se dizer livre se não possuir controle de seu próprio corpo.

Com cores fortes e traços bem humorados conhecemos um pouco mais da nossa história, vemos que coisas consideradas simples, como direito ao ensino por exemplo, ainda são uma utopia em grande parte do mundo e que mesmo com tantos anos de lutas e vitórias estamos longe da total igualdade de gênero.

Como  li em e-book eu usei as imagens da editora Seguinte para ilustrar a belezura e capricho dessa edição, que com toda certeza merece um lugar de destaque nas nossas estantes. Um pequeno guia da história feminista, dirigido a adolescente, mulher, negra ou branca, para que nunca esqueçamos de onde viemos e para onde iremos se lutarmos pelos nossos ideais.

Quem não se movimenta não percebe s correntes que o prendem.