IO: O Último na Terra

2019 ǁ 1h 36minǁ Ficção Científica ǁ 12 anos

Enquanto uma jovem cientista busca uma forma de salvar a Terra em colapso, ela conhece um homem que tenta pegar a última nave decolando do planeta.

Confesso que ficção científica não é meu forte, mas sempre que posso leio e assisto coisas do gênero. Por exemplo Interestelar, que eu amo de paixão, comecei a entender só na 2 vez que assisti. Eu já vi esse filme 4 vezes e é meu preferido dentro do gênero. Então quando vi o trailer de IO da Netflix eu esperava um filmão da porra, mas não foi isso que encontrei.

De inicio o que sabemos é que o planeta Terra ficou inabitável depois que o homem poluiu tudo, a nossa atmosfera e os mares foram afetados, obrigando o homem a colonizar IO, uma das luas de Júpiter, na Operação Êxodo e o último ônibus espacial parte em 48 horas, levando os remanescentes.
Uma coisa que me chamou atenção nessa premissa é que a atmosfera não ficou toxica em um todo, ainda existem lugares habitáveis, como o que  vive a cientista Sam Walden (Margaret Qualley). Uma mulher solitária que acredita que a Terra pode ser recuperada e a humanidade enfim poderá voltar para casa.

No começo vamos vendo o dia-a-dia de pesquisa e experimentos feitos por Sam, que todos os dias a manda mensagens em uma radiofrequência e acaba atraindo para sua casa o viajante Micah (Anthony Mackie), que veio atrás do pai da moça e vai tentar convencê-la a partir para IO. E é essa visita quem vai trazer algumas respostas ao filme, pois é aí que começa os diálogos sem fim.

A narrativa chega a ser poética, fazendo par perfeito com o ar melancólico que permeia as cenas. O conjunto desses elementos é bonito de se ver, mas é monótomo demais, falta um pouco de ação e muitas respostas, principalmente em relação ao final, que fiquei sem saber o que era sonho e o que era real. 

No geral a proposta é ótima, gosto muito de distopia pós-apocalíptica, mas para mim esse filme não funcionou, ficou massante, parecendo que a ideia não foi bem desenvolvida, ficaram enchendo linguiça, sabe?! Sam está sempre pensando em algo, mas suas emoções são indecifráveis, o que é uma pena, pois acredito que ela pode ter muito a revelar.

O elenco conta com apenas três personagens, ainda sim nenhum conseguiu me cativar e olha que quando Micah apareceu achei que ele seria a salvação da lavoura, até shippei o casal, mas ele foi tão enigmático que logo desencanei. O pai de Sam, Henry (Danny Huston) aparece pouquíssimas vezes, mesmo sendo ele o idealizador das pesquisas que acontecem no planeta. Segundo sua teoria o planeta vai passar por esse ciclo de renascimento e depois estaria habitável novamente.

Por outro lado temos os cenários, que também são pouquíssimos, mas que me conquistou. É aquele tipo de lugar que ficamos curiosos para querer desbravar, que apesar de sombrio atraí os olhos, isso tudo desperta aquela sensação de quero mais e talvez seja esse o motivo de ter assistido até o final.
Ao contrário de muitos que assistiram, eu não consegui criar uma teoria plausível sobre o filme, mas a internet está abarrotada delas, é só dar uma pesquisadinha que vemos uma infinidade de opiniões.

Com tudo isso eu super recomendo o filme, pois é bem possível que o problema seja comigo e não com a produção. Lembrando, amiguinhos, que isso aqui é minha opinião e eu não sou nenhuma cinéfila, longe disso. Então confira IO: O Último na Terra.