A MULHER NA JANELA - A. J. Finn

Livro: A Mulher na Janela
Autor (a):  A. J. Finn
Páginas: 352
Editora: Arqueiro


Anna Fox mora sozinha na bela casa que um dia abrigou sua família feliz. Separada do marido e da filha e sofrendo de uma fobia que a mantém reclusa, ela passa os dias bebendo (muito) vinho, assistindo a filmes antigos, conversando com estranhos na internet e... espionando os vizinhos.
Quando os Russells – pai, mãe e o filho adolescente – se mudam para a casa do outro lado do parque, Anna fica obcecada por aquela família perfeita. Até que certa noite, bisbilhotando através de sua câmera, ela vê na casa deles algo que a deixa aterrorizada e faz seu mundo – e seus segredos chocantes – começar a ruir.
Mas será que o que testemunhou aconteceu mesmo? O que é realidade? O que é imaginação? Existe realmente alguém em perigo? E quem está no controle?
Neste thriller diabolicamente viciante, ninguém – e nada – é o que parece. A mulher na janela é um suspense psicológico engenhoso e comovente que remete ao melhor de Hitchcock.

Esse livro tem sido um estouro no meio literário e tem sido a aposta de todo fã de trhirller. Apaixonada que sou pelo gênero eu escolhi A Mulher Na Janela para cumprir o mês de junho no Desafio 12 Meses Literários. Mas como a internet está abarrotada por resenhas deste livro eu vou ser bem informal em falar o que achei dessa leitura.

O que todos sabem sobre esse livro é que Anna Fox, psicologa infantil, vive sozinha, sem conseguir sair de casa, devido a alguns problemas psicológicos ocasionados por um grande trauma e ela tem como passatempo espionar os vizinhos com sua Nikon, enquanto beberica sua taça de vinho. Eu devo alertar você dizendo que o livro todo é isso, porém elevado ao quadrado.

Bisbilhotar é como fotografar a natureza: a gente não interfere no que está vendo.

O problema psicológico da protagonista se mostra cada vez maior a medida que a trama vai sendo desfiada diante dos olhos do leitor, assim como seu gosto pelo vinho. Anna é alcoólatra! E o trauma que ocasionou essa vida reclusa é o TRAUMA, mas só descobrimos isso lá pro final do livro, depois de muito remédio controlado ter sido engolido com a ajuda do álcool é que vamos descobrir a doideira em que nos metemos.

Esse é o romance de estréia do autor e ele já veio com tudo, nos trazendo uma personagem que talvez seja testemunha de algo grandioso. O "TALVEZ" se deve a instabilidade dela, a falta de credibilidade devido a seu constante estado de embriaguez e sua agorafobia, onde o vasto céu é motivo para pânico e uma simples corrente de ar entrando por uma janela aberta pode ser aterradora.

Um grito de horror, desses que saem das profundezas do ser, ecoa no ar!

Viro e olho na direção das janelas da cozinha.

O silêncio agora é total. Meu coração dispara.

De onde exatamente veio esse grito?

O livro conta com capítulos curtos e enigmáticos, onde sutilmente a protagonista vai revelando seus traumas do passado, ao tempo que vai vivenciando a tragédia que sua vida se tornou e isso resulta em uma leitura frenética e viciante, que eu particularmente adoro.  Mas quando o livro estava chegando ao finalzinho e eu fiquei pensando: "Nossa, tudo isso por um livro desse?!" E é quando o autor mostra a que veio, com um plot twist de perdermos o chão, uma reviravolta daquelas que lança uma nova perspectiva em tudo que acreditávamos até então. Minha mente quase deu um nó, de tão louco que se mostrou o desfecho, mas acima de tudo, um desfecho muitoooo plausível que eu nem de longe imaginei.

O livro vai virar filme e quem assinou para interpretar a protagonista é ninguém menos que Amy Adams, a Lois Lane da Liga da Justiça. O filme vai ser dirigido por Joe Wright (Orgulho e Preconceito, O Destino de Uma Nação) para a Fox, estou bem ansiosa para conferir como vai ficar essa adaptação, uma vez que o livro é tudo e mais um pouco do que ando falando por aí.

Uma publicação compartilhada por Cabine de Leitura (@cabinedeleitura) em 30 de Mai, 2018 às 3:02 PDT