P.S. Eu Te Amo - Cecelia Ahern

Livro: P.S. Eu Te Amo
Autor (a): Cecelia Ahern
Páginas: 368
Editora: Novo Conceito



Gerry e Holly eram namorados de infância e ficariam juntos para sempre, até que o inimaginável acontece e Gerry morre, deixando-a devastada. Conforme seu aniversário de 30 anos se aproxima, Holly descobre um pacote de cartas nas quais Gerry, gentilmente, a guia em sua nova vida sem ele. Com ajuda de seus amigos e de sua família barulhenta e carinhosa, Holly consegue rir, chorar, cantar, dançar e ser mais corajosa do que nunca.

Ontem eu estava rascunhando uma postagem aqui para Cabine e me lembrei que eu assisti o filme P.s. Eu Te Amo, para um tempo depois ler o livro e acho que pela primeira vez eu gostei mais do filme, o que não quer dizer que o livro seja ruim. Vamos entender melhor.

Sabe quando vivemos aquele amor que desejamos que seja eterno e que prometemos morrer velhinhos de mãos dadas? É esse amor que rola entre Holly e Gerry. Eles são casados e enfrentam a vida a dois com muito amor e paciência, ainda mais se conhecendo desde a infância, como se conhecem. Brigam e fazem as pazes como qualquer casal que conhecemos por ai.
A relação entre os dois é de tirar suspiros de qualquer leitor, até Gerry descobrir uma doença já em estado avançado. A partir daí é tudo de tirar lágrimas, pois ele morre, deixando Holly devastada.

Mas Holly, a vida de ninguém é repleta de momentos perfeitos. E se fosse, não seriam momentos perfeitos. Seriam apenas normais. Como você conheceria a felicidade se nunca passasse pelas fases tristes?

Acompanhar o luto da protagonista é de cortar o coração e sendo mulher é impossível não sentir empatia pelo momento que ela vive. A autora soube narrar uma dor de forma palpável, assim como fez com os momentos de felicidade do casal. A depressão causada pela perda é perceptível, mesmo que não explorado, pois o ponto convergente da trama é o caminho que Holly irá percorrer para a superação do luto e da solidão.

Vivemos coisas lindas juntos e você fez a minha vida…você fez a minha vida. Não tenho arrependimentos. Mas sou apenas um capítulo de sua vida, muitos outros virão. Guarde nossas lindas lembranças, mas, por favor, não tenha medo de criar outras.

Com a ajuda de parentes e amigos, Holly começa a sair da cama e descobre que seu falecido marido deixou um pacote com dez cartas, sendo que cada um tem um mês especifico para ser lida. Essas cartas serão de grande ajuda em sua recuperação e retomada de controle da própria vida.

Ai que entra as diferenças entre filme e livro. O filme vai focar nas cartas, que são lindas, gerando atitudes profundas por parte de Holly, que tenta atender a todos os pedidos registrados nesses papéis. Por sua vez, o livro vai englobar as cartas e o relacionamento da jovem viuvá com seus amigos e familiares. Ambos são extremamente sentimentais e repletos de frases marcantes. Mas como disse lá em cima eu preferi o filme, achei ele bem mais tocante e focado no eu te amo do casal e o desfecho é uma fofura sem fim, um pouquinho diferente do livro.

Ela havia recebido um presente maravilhoso: a vida. Às vezes, a vida era interrompida cedo demais, mas o que contava era o que a pessoa fazia com ela, não o tempo que durava.

O livro é daqueles de acabar com seus post-it e o filme é daqueles que desidrata pelos olhos. Apesar de ter uma premissa sobre a morte, as reflexões que me trouxeram foram sobre a vida, sobre viver independente da adversidade e sobre também ser feliz sozinha. Traz o valor da amizade e dos laços familiares, que muita das vezes negligenciamos e acabamos nos afastando.

O livro alcançou, por dezessete semanas, o primeiro lugar de vendas na Irlanda e em 2007 virou o filme que me levou as lágrimas. O filme conta com paisagens lindas da Irlanda e muito música boa, daquelas que deixam o coração quentinho. Então eu recomendo os dois, com a garantia que em algum momento, se não em todos, o romance vai te emocionar.