Desaparecido - Danielle Steel

Livro: Desaparecido
Autor (a): Danielle Steel
Páginas: 300
Editora: Record




Marielle e Malcom Patterson escondem um do outro segredos inconfessáveis, mas têm uma vida pacífica e agradável até ao momento em que são confrontados com a maior tragédia da sua vida: Teddy, o filho de ambos, é misteriosamente raptado. Por coincidência, na noite do seu desaparecimento, Marielle reencontra casualmente o grande amor da sua vida, Charles Delauney, que se prova mais tarde estar ligado ao rapto da criança. Assim, as suspeitas e acusações misturam-se com o terror e a mágoa, e as revelações feitas durante o julgamento de Charles põem a nu as paixões que, afinal, controlam a vida dos Patterson. Conseguirá a busca de Teddy aproximar o casal e devolver-lhe a paz?

Como já disse, esse ano é para acabar com a lista de livros não lidos da estante e isso tem me rendido boas experiências. O livro dá vez foi um best-seller das gringas nos anos 90. Escrito pela Danielle Steel, dona dos títulos mais vendidos no mundo e considerada em 2001 uma das "30 Mulheres mais Poderosas da América".

No decorrer da leitura fiquei pensando que a trama daria um bom filme, até a hora que fui pesquisar sobre a autora e vi que o filme já rolou, lá em 1995. Mas deixa eu contar um pouquinho sobre DESAPARECIDO.




Se tivesse um prêmio de consolação para protagonista mais sofrida do meio literário, com toda certeza ele seria de Marielle Patterson. Tudo de ruim que poderia acontecer com alguém veio sobre ela.

Marielle, aos 18 anos fugiu para se casar com o amor de sua vida, Charles Delauney. Isso lá nos anos 20, então imagine o sufoco dos pais para cancelar o bendito casamento, mas descobre que já não há mais tempo, pois a moça está gravida.

O casal vive feliz em Paris, com seu pequeno André e com uma futura menina que vem chegando, Marielle está gravida de 5 meses.  Até o dia que Marielle está conversando com duas outras mães enquanto as crianças andava sobre o lado congelado. Já conseguiu imaginar o que ocorre né?! Mas isso não é revelado de cara não, a autora faz suspense e quando revela como a protagonista perdeu seu menino e no mesmo dia a menina de seu ventre, é dramático e prontamente senti empatia por ela.

A tragédia deixou grandes cicatrizes e a separação foi inevitável. Charles tentou esquecer a dor lutando na guerra e Marielle recomeça a vida nos Estados Unidos, dando a sorte de encontrar um homem rico, disposto a protege-la  e amá-la, sem deixá-la revelar sobre coisas do passado.

Charles é um gentleman, apaixonante. Marielle é fraca e muito debilitada, com suas infindáveis enxaquecas, sem credibilidade alguma com os empregados da mansão onde mora com seu marido. Marido este que já está no terceiro casamento, com o desejo eterno de se tornar pai e assim ter um herdeiro para sua fortuna. Confesso que não entendi muito bem qual eram os negócios de Charles, mas ele era muito conhecido no meio social, principalmente no alemão, pois ele apoiava e defendia as ideias de Hitler.

Depois de muito tentar, finalmente o casal é agraciado com um filho, Teddy. Um garoto que valoriza cada segundo que passa na presença da mãe, pois na maior parte do tempo ele fica aos cuidados da babá, que como todos os outros empregados, não tem consideração alguma por Marielle.
Gente do céu, juro que não sei como essa mulher aguentava tanta indiferença dentro de sua própria casa, parece que ela estava ali de favor, um estrovo. Pra ajudar o marido desacredita quando ela se queixava, fazendo parecer que ela era louca.

Nove anos depois da perda de seus filhos, Marielle reencontra por acaso Charles, que confessa que ainda a ama e deseja voltar com ela, mesmo sabendo que a ex está casada e feliz. Tudo munda quando ele encontra a ex mais uma vez, mas acompanhada do pequeno Teddy. Charles está bêbado e acaba se descontrolando e fazendo grandes ameaças a Marielle e ao garoto.
Dois dias depois, na calada da noite, Teddy é sequestrado. Imagine quem é o principal suspeito...





Essa é a trama, o livro vai praticamente girar em torno do julgamento de Charles Delauney, onde temos a impressão de que quem é a acusada é a mãe do garoto. São tantos testemunhos denegrindo a personalizada, a postura e a saúde da mulher que chega dar nos nervos.

Pelo que vemos em todo enredo, seja nos acontecimentos presentes, seja nos do passado, é que a protagonista é alguém de atitudes imaculável, mesmo com toda adversidade da vida. Então quando no meio do caminho ela se deixa envolver por um homem eu estranhei, não combinava com ela. Apesar de imaginar até plausível, uma vez que a pressão de culpa em cima dela era muita e o bendito era o único á apoiar.  Acho que no final a autora percebeu isso e tentou remediar a situação, ficando um pouco forçado o desfecho sentimental do livro.

A leitura é rápida e instigando, mesmo tendo um enredo central bem previsível, ela conseguiu me manter vidrada, louca para ter certeza do desfecho. E olha que muita água rola até sabermos de fato quem é o sequestrador e onde estaria a criança depois de quatro meses.

Recomendo a leitura para quem quer algo despretensioso, mas marcante, garantindo que entre cada pausa que der na leitura a trama fará parte de seus pensamentos.