Branca dos Mortos e os Sete Zumbis e Outros Contos Macabros - Fábio Yabu

Conto: Os Três Lobinhos
Autor (a): Fábio Yabu
Páginas: 12


Em 'Branca dos Mortos e os Sete Zumbis', Fábio Yabu resgata a tradição clássica dos contos de fadas dos irmãos Grimm e de Hans Christian Andersen, onde as histórias, mais que um simples entretenimento, servem como lições para moldar o caráter das crianças, na maior parte das vezes por meio do medo. Aqui, não há meias-palavras nem eufemismos. O mundo encantado de Yabu é atormentado, sombrio e com altas doses de tensão sexual. Os contos seguem o mote de sucessos da televisão atual, como as séries Grimm e Once Upon a Time. Protagonizadas por personagens dos contos de fadas, revelam facetas nunca antes imaginadas de suas personalidades. Além disso, os doze contos que compõem Branca dos Mortos e os sete zumbis formam uma narrativa não-linear que culmina num desfecho aterrorizante. A obra ainda conta com as ilustrações de Michel Borges, que acompanha o autor desde seus primeiros projetos. As ilustrações de Michel homenageiam os desenhos clássicos dos contos de fadas, com toques sombrios, e complementam a atmosfera sinistra e misteriosa criada por Yabu.

Passeando pela Amazon eu fui conferir o que tinha grátis e me deparei com esse conto. Imediatamente ele me chamou a atenção, uma vez que ele é uma reunião de tudo que eu amo no meio literário.

A proposta é bem simples, uma releitura de conhecidas fábulas e histórias infantis, que viraram contos macabros.

Os Três Lobinhos é um compilado de referências de todas alegorias com lobos que já tenha ouvido ou lido, mas com um desfecho totalmente diferente dos que conheço.
Nesse conto os lobos reinam soberanamente sobre a Terra, só ficando abaixo dos deuses, que  os proíbe de comerem animais mais fracos, levando assim a raça a uma miséria raquítica,  originando aos cães e as hienas, que riem de desespero.
Indignados, três lobinhos decidem se rebelar contra a proibição e dois acabam tendo um fim trágico, um na vã tentativa de comer um porquinho e o outro devora uma menininha de capuz vermelho, mas tem a barriga aberta para retirada da menina ainda viva, enquanto o terceiro dilacera sua vítima  e aguarda o castigo dos deuses.
Como disse, o conto é cheio de referência, mas é inovador nessa mistura de conto de fadas e horror.

O prefácio é escrito pelo Eduardo Spohr, autor da Batalha do Apocalipse e nos dá uma ótima ideia do que é o livro em si, nos fazendo viajar sem nem mesmo ter começado o conto, que por sua vez é maravilhoso, com toda sua simplicidade e objetividade, mas infelizmente curtinho. Me deixou com vontade de quero muito mais, eu preciso do livro.